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terça-feira, 31 de julho de 2018

As palavras mais engraçadas da língua portguesa

A repetição   sons ou a associação de ideias a certas palavras fazem com que elas sejam muito engraçadas.

Mequetrefe –  pessoa enxerida e intrometida. /Algo ou alguém sem importância e valor.

  • Que sapato mequetrefe!
  • Não dê atenção àquele mequetrefe.

Salamaleque – indica um cumprimento exagerado, muito afetado.

  • Lá vem você com esses salamaleques!
  • Ele entrou na sala e cumprimentou todos, cheio de salamaleques.

Piripaque – ataque nervoso, crise nervosa

  • Ela terá um piripaque quando souber a notícia.

Serelepe – pessoa irrequieta, faceira, viva, esperta.

  • Lá vai ele, todo serelepe!
  • Esse menino é muito serelepe!

Bugiganga – objeto de pouco ou nenhum valor ou sem utilidade.

  • A casa da minha mãe está cheia de bugigangas
  • Esta loja vendo todo tipo bugiganga na sua loja.

 Borogodó – refere-se a um atrativo especial, um charme irresistível.

  • Essa mulher tem algum borogodó!
  • Ninguém resiste ao seu borogodó!

Quinquilharia – refere-se a objetos com pouca importância, utilidade e valor.

  • Vamos jogar fora toda essa quinquilharia.
  • Por que você guarda tanta quinquilharia?

Beleléu

 Ir para o bebeléu: morrer; fracassar.  Mandar  para o bebeléu: matar; fazer fracassar ou desistir.
  • Meu projeto foi para o beleléu!
  • Fui embora e mandei tudo pro beleléu!

Balacobaco – Indica uma farra bem animada e barulhenta.  Do balacobaco: excelente, ótimo (coisa ou pessoa).

  • O balacobaco estava animadíssimo!
  • Essa cozinheira é do balacobaco!

Faniquito – ataque nervoso, crise nervosa.

  • Ela está tendo um faniquito.
  • Vou ter um faniquito se isso não se resolver logo!

Quiproquó – confusão gerada por mal-entendido.

  • Foi um imenso quiproquó aquela reunião!

Pebolim – jogo de futebol de mesa com bonecos fixos em varetas rotativas.

  • Ele ganhou um pebolim de presente.

 Ziquizira – ausência de completa de sorte;  doença desconhecida.

  • Estou com uma ziquizira no joelho. Os médicos não descobriram ainda o que é.

 Zunzunzum – mexerico ou boato.

  • Ouvi um zunzunzum sobre a separação desse casal.

Ziguezague – qualquer tipo de sinuosidade, que apresente forma ou movimentos de “z” contínuos.

  • Esta estrada em ziguezague é muito perigosa.

 Ziriguidum – Festa, folia ou música de carnaval.

  • Todos caíram no ziriguidum.

 Urucubaca –  que se apresenta de maneira azarenta; azar, má sorte.

  • É a terceira vez que ela quebra a perna neste ano. Que urucubaca!
  • Ele vai tomar um banho de sal grosso para tirar a urucubaca.

 Lambuja – aquilo que se ganha além do combinado; vantagem extra, geralmente gratuita e inesperada.

  • Comprou dez balas e ganhou mais duas de lambuja

Espinafrar

  1. Falar muito mal de algo ou de alguém; apresentar como desprezível, desmoralizar,  esculachar.
  2. Repreender severamente.
  • Ele espinafrou o trabalho do novo empregado.
  • A imprensa espinafrou o técnico da seleção.

 Imbróglio 

Palavra usada com sentido pejorativo, indicando uma situação complexa ou complicada. Confusão, trapalhada, embrulhada.  Tem origem no italiano imbroglio.
A expressão imbróglio jurídico ou judicial indica uma confusão em termos legais.
  • O jogo de futebol terminou no maior imbróglio.

Peteleco – pancada com a ponta do dedo médio ou do indicador apoiado no polegar e solto com força.

  • Ele me deu um peteleco.

Escalafobético – pessoa irrequieta, faceira, viva, esperta.

1. Esquisito, excêntrico, extravagante. [ Antôn.: comum, trivial. ]
2. Desajeitado, desengonçado. [ Antôn.: elegante, gracioso. ]
  • Ela é escalafobética.

Você tem alguma sugestão de palavra para incluir nesta lista?
—–
Fontes: dicionário on-line Dicio; dicionário Priberam; dicionário Aulete.
Esta postagem foi publicada na revista Magazine Feminina, a revista digital da mulher brasileira.

domingo, 2 de abril de 2017

Jargões no mundo corporativo

A redação de Época NEGÓCIOS reuniu uma pequena lista com os jargões mais batidos que já ouvimos no mundo corporativo. Mas queremos a sua contribuição. Qual a pior expressão que você já ouviu em reuniões de trabalho ou no café da empresa?

Schedular: Vem do termo em inglês schedule, que significa agenda. Em bom português, significa agendar um evento, reunião, etc.
Brilho no olho: Geralmente usado para descrever alguém com desempenho acima da média nas corporações, ou um funcionário muito empenhado.
Endereçar: É uma derivação aportuguesada do termo em inglês “to address”, bastante usada em situações nas quais é necessário transmitir uma mensagem.
Brainstorm: Uma técnica que tem por objetivo listar ideias que possam atacar um problema específico, mas que acabou se tornando um sinônimo para “reunião”. Também já ouvimos uma versão em português: “toró de palpites”.
Empowerment: Expressão usada ao delegar uma atividade de certa importância. É quase como dizer “Você pode fazer um pouquinho disto aqui, mas ainda sou eu quem está no comando.” E provavelmente, o “empoderado” não ganhará nem um centavo a mais por isso.
Feedback: Outra ferramenta, bastante utilizada pelo RH, para comunicar um funcionário desde um problema até um elogio. No fim das contas, virou sinônimo de “retorno”.
Quebra de paradigma: Uma das expressões preferidas, usada por 10 entre 10 executivos. De tão batida, acabou perdendo o significado, mas quer dizer alterar velhas práticas ou modelos para obter bons resultados.
Não estamos numa corrida de 100 metros e, sim,  em uma maratona:Expressão muito usada para justificar um resultado negativo e tentar manter a equipe motivada, ainda que o barco esteja afundando.
Toda crise é uma oportunidade: Mais uma frase motivacional que funciona mais como ânimo que como ferramenta para identificar boas práticas de negócios em tempos difíceis.
Do limão vamos fazer uma limonada: Praticamente uma substituta da expressão acima.

Está no nosso DNA: Uma iniciativa tão costumeira, tão amplamente adotada, que estaria incorporada ao modo de atuar da companhia.

Startar: Também usado como "dar o start". Recorrente em frases como "Vamos startar o projeto". É o bom e velho "começar" ou "dar início".

To dos: Basicamente, trata-se da lista de afazeres. Fica ainda pior quando o interlocutor diz: "Fulano, coloque isso na sua lista de to do para fazer". Se alguém traduzisse ficaria assim: "Fulano, coloque isso na sua lista de 'para fazer' para fazer." Desnecessário.

Sinergia: A origem da palavra é poética, já que ela deriva do grego "synergía", uma fusão de "sýn", cooperação, e "érgon", trabalho. Mas é facilmente substituída por trabalho em conjunto.

Briefing: Figurinha fácil nas rodas de profissionais de administração, relações públicas e publicidade, substitui o termo "relatório". Pode ser também uma reunião para passar informações e preparar a equipe. O jargão é tão usado que gerou um filhote, o "de-briefing", o qual, segundo um leitor, é a checagem do briefing.

Bypassar: Vem do termo em inglês "bypass", que significa "passar por cima de" ou "burlar". Usado para amenizar situações de trabalho na qual um colega atravessa alguém - muitas vezes o próprio chefe.

Agregar valor: Esse faz parte da série "Quem nunca?". De tão usado, já ficou batido. Para fugir da expressão, diga que o trabalho, projeto ou ação "não vai dar em nada", em vez de dizer que ele "não agrega valor".

Tropicalizar: Houve uma época em que as estratégias (de negócios, comunicação, marketing etc) saiam da matriz e eram adaptadas por cada filial, conforme o mercado local. No Brasil, talvez por sermos conhecidos como o país dos trópicos, alguém achou bonito falar "tropicalizar". Pronto, pegou.

Expertise: Por que falar "essa é nossa especialidade" se podemos parecer ainda mais "especialistas" e usar o "essa é nossa expertise"?

Attachado: Provavelmente, é herança dos programas de email em inglês, mas muita gente ainda fala "segue o arquivo 'attachado'", em vez de "anexado".

quarta-feira, 15 de março de 2017

Acervo CELPE-BRAS

O acervo de provas e documentos do Celpe-Bras faz parte do projeto de pesquisa ‘Resgatando a história do Exame Celpe-Bras”, coordenado pela Prof. Dra. Juliana Roquele Schoffen na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O projeto tem por objetivo suprir a carência de um banco de dados reunindo documentos públicos, provas aplicadas, estatísticas e estudos já realizados sobre o Exame.
Como sabemos, a Lei de Direito  Fundamental de Acesso à  Informação (LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.)  permite tal iniciativa e beneficiará muitos pesquisadores nacionais e internacionais que pouco ou nenhum acesso possuem ao material.
Aos interessados, é necessário apenas acessar o link http://www.ufrgs.br/acervocelpebras

sábado, 6 de agosto de 2016

História da língua no Brasil

No início da colonização portuguesa no Brasil (a partir da descoberta, em 1500), o tupi (mais precisamente, o tupinambá, uma língua do litoral brasileiro da família tupi-guarani) foi usado como língua geral na colônia, ao lado do português, principalmente graças aos padres jesuítas que haviam estudado e difundido a língua. Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real. Tal medida foi possível porque, a essa altura, o tupi já estava sendo suplantado pelo português, em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Das línguas indígenas, o português herdou palavras ligadas à flora e à fauna (abacaximandiocacajutatupiranha), bem como nomes próprios e geográficos.
Com o fluxo de escravos trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afrobrasileiras), e do quimbundo angolano (palavras como caçulamoleque e samba).
Um novo afastamento entre o português brasileiro e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades.
Após a independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório que cada uma recebeu.
No século XX, a distância entre as variantes portuguesa e brasileira do português aumentou em razão dos avanços tecnológicos do período: não existindo um procedimento unificado para a incorporação de novos termos à língua, certas palavras passaram a ter formas diferentes nos dois países (comboio e tremautocarro e ônibuspedágio eportagem). Além disso, o individualismo e nacionalismo que caracterizam o movimento romântico do início do século intensificaram o projeto de criação de uma literatura nacional expressa na variedade brasileira da língua portuguesa, argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em 1922, a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar as peculiaridades do falar brasileiro. A abertura conquistada pelos modernistas consagrou literariamente a norma brasileira.

fonte:http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.3.a.php

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

GUIA DOS ACERVOS E BIBLIOTECAS DIGITAIS

Este é um link para livros virtuais grátis


http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temasdiversos-bibliotecaseacervosdigitais.php

Boa leitura!

Adeus ao trema


LUIS FERNANDO VERÍSSIMO - O Estado de S.Paulo

A reforma ortográfica acabou com o trema, e só então me dei conta de que eu nunca o tinha usado. Sempre o ignorei. Os revisores, se quisessem, que acrescentassem os tremas onde cabiam. Por vontade própria, nunca botei olhos de cobra em cima de nenhum "u". E agora que o trema desapareceu oficialmente, fiquei com remorso. Como me penitenciar? Peço só mais uma oportunidade para compensar meu descaso com o trema usando-o num texto. Li que, com a reforma, o trema só continua a ser usado legitimamente em nomes estrangeiro como Müller e Anaïs. Uma história para Müller e Anaïs, portando. Atenção, revisor: mantenha todos os tremas.
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Uma história com seqüência e conseqüência.
Talvez uma história policial: a dupla Müller e Anaïs atrás de delinqüentes.
Ou uma história de excessos eqüestres levando ao uso freqüente de ungüentos.
Ou uma simples cena doméstica. Müller e Anaïs na cozinha do seu apartamento, eqüidistantes de um pingüim em cima da geladeira. Müller acaba de chegar da rua com um pacote.
- Anaïs, esse pingüim...
- Quequitem?
- Eu não agüento esse pingüim, Anaïs.
- Ele está aí há cinqüenta anos e só agora você nota?
- Cinqüenta anos, Anaïs?
- Está bem, cinco. Um qüinqüênio.
- Um qüinqüênio?
- Um qüinqüênio. E vai ficar aí outro qüinqüênio.
- Não se usa mais pingüim em geladeira, Anaïs. É uma coisa do passado. Como o trema.
- Pois eu gosto e está acabado. O que você trouxe nesse pacote?
- O que mais poderia ser? Lingüiças. As últimas com trema que tinham no super.
Pronto. Acho que estou redimido. Adeus, trema. E desculpe qualquer coisa.


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Seios
Lembro-me de ter lido, há algum tempo, que um carregamento de seios postiços a caminho da Austrália tinha desaparecido. Não posso descrever minha alegria ao ler a notícia. Abandonei, imediatamente, toda preocupação com desastres naturais e econômicos e me entreguei a especulações sobre o fato insólito, ou, no caso, fofo. A notícia não trazia muitos detalhes. Aparentemente, tinham perdido contato com um navio carregado com 120 mil seios postiços - ou 60 mil pares, não sei. A localização do navio quando desaparecera não era revelada.
Se fosse no Oceano Índico - especulei alegremente -, a explicação podia ser um ataque de piratas da Somália, que teriam ocupado o navio, aberto os seus porões, mergulhado de ponta-cabeça na carga, gritando "Alá seja louvado!" e no momento discutiam o valor do seio postiço no mercado para cobrar o resgate.
O navio poderia ter naufragado, o que imediatamente sugeria a imagem de 120 mil seios boiando no oceano.
- Piloto de avião de busca para base: acho que localizei destroços do naufrágio, boiando sugestivamente na superfície. Câmbio.
Náufrago abandonado na proverbial ilha deserta vê seios e mais seios chegarem à praia. Olha para o céu, abre os braços e grita "Que parte do meu pedido você não entendeu, Senhor?!".
Mas o maior mistério de todos era: o que 120 mil seios postiços iam fazer na Austrália? Neste ponto deixei de me divertir com a notícia. Tive uma visão pungente de 60 mil travestis australianos esperando, inutilmente, no porto.
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Vício.
 Lendo sobre a ajuda que será dada aos bancos de Chipre para não quebrarem, me lembrei do escândalo que foi quando executivos das três maiores montadoras de carro dos Estados Unidos chegaram a Washington para pedir dinheiro ao governo, cada um no seu jato particular. A desculpa era que teriam ido de carro se seus carros fossem de confiança. Pelo menos as montadoras gastaram bem o presente e hoje estão em boa situação. Muitos dos bancos subsidiados para não falirem na mesma época usaram parte da ajuda para dar as regalias e os milionários abonos de sempre aos seus executivos. O socorro ao capital financeiro mundial lembra aqueles programas adotados em países que, em vez de combater o comércio de drogas, dão dinheiro para o usuário manter seu vício sem precisar recorrer ao crime. As instituições financeiras responsáveis pela crise atual estão sendo pagas com dinheiro público para manter seus maus hábitos. Acho que foi o Paul Krugman quem escreveu, não faz muito, que a única diferença entre o esquema do megavigarista Bernard Madoff e o que, em essência, todo o setor faz foi que o Madoff se autodenunciou. Senão, ele também acabaria recebendo dinheiro para sustentar seu vício.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,adeus-ao-trema,1015236,0.htm

Tudo que vicia começa com C


Uma crônica de Luis Fernando Veríssimo


Fiquei imaginando tudo isso. Tudo que vicia de verdade começa com C. Fiquei matutando nas coisas que começam com c e que viciam, e viciam muito. O primeiro que me veio a mente foi o cigarro, que começa com C e mais que isso, vicia e mata muitos todos os dias. Depois passei a imaginar outras coisas, por exemplo as drogas ilícitas e pesadas, Crack, Maconha, sim maconha começa com C afinal seu nome científico é Cannabis, Cocaína, e por ai vai. Não letal, mas muito viciante, o gaúcho adora o chimarrão que começa com C, e ainda boa parte deles é viciado em Churrasco. Pepsi não vicia, mas Coca-Cola vicia demais, deve ser porque tem dois C. Tem ainda alguns que são altamente viciados em carros que também inicia com C.
Cerveja é outra que inicia com C e é altamente viciante, e a cachaça então, a caipirinha, o chopp, e quem não adora um Cafezinho. É estou quase convencido, tudo que vicia começa mesmo com C. Tá certo você pode dizer que Sexo não começa com C e vicia, pois bem, o que vicia na verdade não é o sexo em si, pois o sexo nada mais é que a troca de fluídos orgânicos, o que vicia é sensação sexual, ou a atração, que no final tem o nome de Coito, como é conhecido desde o inicio dos tempos, e começa com C.
Sabe eu tenho um vicio, filmes, ou seja Cinema que também começa com C. O amor é um vicio, e um vicio conquistado através do carinho que também começa com C. Futebol é uma coisa que vicia, eu sou um viciado, mas futebol não começa com C, no entanto numa competição que começa com C, o que vale no final é a classificação que também começa com C.
Nos últimos tempos as pessoas estão se viciando em internet, pois bem internet vem pelo computador que começa com C, ou então através do celular que também começa com C, ou por qualquer conexão, que mais uma vez começa com C.
Tem gente que se vicia no poder, este vem através da soberania e o símbolo da soberania, veja só começa com C, é coroa. Sem contar que a gente vicia-se em muitas outras coisas, e um exemplo claro disso são as comidas, por exemplo o Chocolate, que também começa com C.
Estou convencido, tudo que vicia começa com C, eu sou viciado em escrever, mas escrever não começa com C, no entanto, adoro escrever Crônicas e Contos que começam com C.
O mundo está nas mãos do C. Sempre que você quiser lançar alguma coisa para viciar o Consumidor, coloque um nome que comece com C.
O C é a razão do vicio, e ele me da esperança de que um dia teremos um dia melhor afinal, Cultura, Carinho, Contribuição, Colaboração, Clemência (perdão), Crianças, Coletividade, Cooperação, Capacidade, Conversa, tudo começa com C.
O que seria melhor que um mundo viciado em cultura e carinho.
 


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

‘Bibliotecas digitais são tesouros escondidos’, diz biblioteconomista da UniRio


Professor indica uma relação com acervos do mundo inteiro

 Digitalizadas, as bibliotecas no Brasil e no mundo estão deixando os muros físicos para também se hospedarem na internet. Mas isso não significa que elas estão ficando mais acessíveis. Apesar dos milhares de acervos disponíveis on-line, as bibliotecas digitais ainda são consideradas “tesouros escondidos”.
Segundo Moreno Barros, professor de biblioteconomia da UniRio e mestre em ciência da informação, embora o Brasil esteja investindo alto em projetos de digitalizações, esses acervos ainda não estão ao alcance de todos. “Existe uma excessiva preocupação com imagens em alta resolução, por exemplo, um formato que só atende grandes pesquisadores, pessoas que de uma forma ou outra já estariam dispostas a frequentar o acervo localmente. Isso não é algo ruim, mas é fato que o público leigo tem mais facilidade de acesso quando as imagens estão em menor qualidade”.

O processo de digitalização, segundo Barros, implica na necessidade de uma abordagem diferente, com foco em uma escala maior de usuários para “atingir virtualmente uma audiência diferente daquela que já se atinge fisicamente”.

Milhares de pessoas poderiam estar navegando pela Biblioteca Nacional Digital, pelaFrança no Brasil ou pela Brasiliana, algumas das principais bibliotecas digitais do país, que permitem aos usuários acessar de forma virtual e gratuita seus arquivos. “Quase ninguém conhece esses acervos, ou somente uma pequena parcela da comunidade de pesquisa acadêmica”, garante Barros.

Outros bons exemplos de biblioteca digitais seriam a Biblioteca Digital Universidade Gama Filho e a Biblioteca Nacional Digital. A primeira, lançada em 2011 e considerada uma das maiores do Brasil. Seu acervo aberto contém teses e dissertações de quase 1.500 universidades, bibliotecas unificadas de 62 países e artigos de 48 mil revistas científicas disponíveis on-line para qualquer pessoa, gratuitamente. Já a segunda, pertence a Biblioteca Nacional e é tida como uma das precursoras no processo de digitalização de publicações e acesso a obras via internet.

A digitalização de acervos bibliográficos tem sido um método utilizado, principalmente, como forma de preservar os registros históricos, seja de um grande jornal  – como é o caso do Jornal do Brasil, impresso até 2010, e que digitalizou todas as suas publicações; de um periódico local – o centenário jornal Federação, em Itu (SP), que, no ano passado, colocou todo seu acervo na internet –, ou até mesmo a criação de um site para abarcar os cerca 80 mil documentos do cientista Albert Einstein.

Os esconderijos das bibliotecas

Ao pesquisar por uma determinada obra no Google, o sistema de busca tem dificuldade de rastrear as publicações dessas bibliotecas virtuais. Escondidos na internet, os sites das instituições que abrigam grande parte desses acervos virtuais ainda têm navegação precária e softwares não muito amigáveis.

Uma das soluções apontadas por Barros para que usuários encontrem não apenas obras nos acervos digitais, como também nas bibliotecas físicas mais próximas de suas casas, é fazer com que os registros bibliográficos utilizem sistemas de busca mais trabalhados, indexando melhor suas informações na internet.  “Se as bibliotecas abrirem seus dados, o Google vai ranquear não apenas os sites de livrarias famosas, mas vai indicar já na primeira página também as bibliotecas físicas mais próximas as casas dos usuários.”

Segundo levantamento realizado pelo 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, divulgado em 2010, no país existem em funcionamento, uma média de 2,67 bibliotecas municipais por cada 100 mil habitantes no país. Todas elas poderiam ser mais facilmente encontradas se melhor ranqueadas nos buscadores.

Para isso, o especialista afirma que será necessário, por exemplo, abolir sistemas que dificultem o rastreamento, como é o caso do javascript, uma espécie de página HTML que não possibilita interação dinâmica com o usuário, e funciona como se fosse uma imagem, muito utilizado nos softwares de biblioteca.

Outra alternativa apontada por Barros, que facilitaria a vida do usuário que busca por um ranking de bibliotecas, é a criação da versão brasileira do WorldCat, uma das principais redes de bibliotecas do mundo, que indica ao usuário onde encontrar livros, CDs, vídeos, resumos de artigos e versões digitais de itens raros nas bibliotecas mais próximas de suas casas.

Para conhecer as principais bibliotecas digitais brasileiras e internacionais, veja a lista indicada por Barros. O especialista, inclusive, tem um projeto para ajudar pessoas a redescobrir e reaprender o significado das bibliotecas na era do Google e do iPad. Para começar, ele propõe um encontro para ensinar as pessoas a economizar dinheiro usando essas bibliotecas. A proposta está em busca de financiamento, via crowdfunding, na plataforma no Nós.vc.
fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,bibliotecas-digitais-sao-tesouros-escondidos-diz-biblioteconomista-da-unirio,889430,0.htm

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Aprender idiomas de forma intensiva faz o cérebro crescer, aponta estudo



Após três meses de aulas intensivas, determinadas áreas do órgão aumentaram em intérpretes
profissionais das Forças Armadas da Suécia

Por Ricardo Carvalho


Para medir crescimento de algumas áreas do cérebro, pesquisadores avaliaram estudantes
da Academia de Intérpretes das Forças Armadas da Suécia, que passam por uma rotina
intensa de estudos do árabe, russo e dari.


Um grupo de pesquisadores suecos descobriu que determinadas partes do nosso cérebro crescem quando nos empenhamos em aprender uma língua estrangeira em um curto espaço de tempo. O estudo foi publicado na última edição do jornal NeuroImage
Para chegar à conclusão, os pesquisadores da Universidade de Lund selecionaram 14 estudantes da Academia de Intérpretes das Forças Armadas da Suécia. Esses jovens são submetidos a uma rotina superintensiva para aprenderem, em apenas 13 meses, a falar fluentemente russo, árabe egípcio ou dari (dialeto persa usado no Afeganistão). Nenhum deles tinha qualquer conhecimento prévio da língua estudada e, para dar conta do objetivo, mergulharam numa rotina que envolve aulas diárias de 8 da manhã ao final da tarde. "Os intérpretes da academia estudam numa intensidade incomparável a qualquer outro curso do sistema educacional sueco", escrevem os autores. "A extrema rigidez do curso requer o aprendizado de 300 a 500 novas palavras por semana", disse Johan Mårtensson (leia a entrevista), coordenador da pesquisa, ao site de VEJA. 


Como parâmetro de comparação, a equipe de Mårtensson selecionou 17 alunos de medicina e de ciências da cognição da universidade sueca de Umeå. Eles também convivem com uma pesada rotina universitária, mas sem foco em idiomas estrangeiros. Os dois grupos realizaram exames de ressonância magnética (para mapear o cérebro) antes do início das aulas e após três meses dos seus respectivos cursos. Resultado: algumas regiões do cérebro dos intérpretes cresceram enquanto que, entre os universitários de Umeå, não foi registrada a mesma alteração.


Entrevista de Johan Mårtensson
Pesquisador do Departamento de Psicologia da Universidade de Lund

Qual a principal contribuição do estudo, na sua opinião?
Nós tivemos a oportunidade de medir os efeitos de um processo de aprendizagem, começando do zero, em um ritmo bastante intenso, algo que não tinha sido feito antes. Há um estudo recente que mede os efeitos (no cérebro) do aprendizado de chinês. A diferença entre os dois trabalhos é que nós medimos a massa cinzenta, ou seja, as células do cérebro. A equipe do outro estudo, por outro lado, analisou as conexões entre as diferentes partes da massa cinzenta. As duas pesquisas se complementam.

Qual a relação das áreas do cérebro que apresentaram crescimento e o aprendizado de idiomas?
As diferentes áreas corticais são utilizadas quando produzimos e entendemos linguagem. Elas, por outro lado, se conectam ao hipocampo, que é utilizado quando tentamos aprender novos
vocabulários.

Qual a rotina de estudo do curso de intérpretes profissionais das Forças Armadas da Suécia?
Eles estudam uma língua estrangeira numa intensidade incomparável a qualquer outro curso do sistema educacional sueco. Eles aprendem uma nova língua, começando do zero, em 13 meses. Os idiomas estudados (árabe, russo e dari) são bem diferentes da fala nativa dosestudantes, o sueco. O ritmo intenso de aprendizado requer a aquisição de 300 a 500 novas palavras por semana. As atividades diárias na academia incluem o estudo das línguas intercalado a treinamento militar das 8 horas ao horário de dormir. O grupo de intérpretes é rigorosamente selecionado. Dos centenas de inscritos para o serviço de intérprete, cerca de
30 entram na academia. E todos já sabem duas ou três línguas, além do sueco, quando começam as aulas.


Leia também a reportagem de Veja
Praticar idiomas pode atrasar sintomas do Alzheimer

As áreas que sofreram alterações foram o hipocampo e três partes do córtex cerebral. Em média, o hipocampo dos intérpretes registrou um aumento de 75 milímetros cúbicos em seu volume enquanto que a espessura das três partes do córtex, entre o mesmo grupo, aumentou 0,06 milímetros(também em média). "As diferentes áreas corticais são usadas quando produzimos e entendemos linguagem. Elas,por sua vez, se conectam com o hipocampo, utilizado quando tentamos aprender novos vocabulários", diz Mårtensson.
De acordo com o pesquisador, o estudo conseguiu medir os efeitos que o aprendizado de uma nova língua em um nível intensivo causa no cérebro, "algo que não havia sido feito antes." Segundo o pesquisador, "há muita coisa que sugere que aprender línguas é uma boa forma de deixar o cérebro em forma."

fonte: http://veja.abril.com.br/